De acordo com o que foi revelado pelo FortiGuard Labs, segmento de inteligência e análise de ameaças da Fortinet, o Brasil foi alvo de 60 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos em 2023.
Este número, embora inferior às 103 bilhões de tentativas registradas em 2022, não é motivo para tranquilidade.
A tendência global atual aponta para uma diminuição dos ataques em massa, mas um incremento significativo no volume de explorações sofisticadas, além do surgimento de novas variantes de malware e ransomware mais focadas.
O relatório também destaca uma presença marcante de ameaças relacionadas às aplicações Microsoft Office ao longo de 2023.
Seguidamente detectadas, essas ameaças demonstram que, apesar da existência de assinaturas de remediação, os cibercriminosos ainda encontram valor em sua exploração, especialmente nas organizações que não atualizaram ou corrigiram seus sistemas adequadamente.
Um caso ilustrativo é a recente identificação, pelo FortiGuard Labs, de uma campanha de phishing que distribuía uma nova variante do malware Agent Tesla.
Esta família de malware conhecida utiliza um trojan de acesso remoto, além de funcionalidades para furto de dados, visando obter um ponto de inserção inicial.
No contexto das aplicações da Microsoft, a distribuição de malware através de arquivos como Excel, Word e PowerPoint foi responsável por quase 50% das detecções de malware.
Nesse panorama, a Fortinet enfatiza a importância de, mesmo diante da redução no número de ataques, as organizações se prepararem mais do que nunca, incorporando a cibersegurança como um elemento essencial à sua estratégia empresarial.
É crucial que as empresas adotem uma plataforma abrangente que integre rede e segurança, simplifique as operações por meio da integração e aplique a automação com Inteligência Artificial para aliviar o trabalho das equipes de TI.
Dada a tendência global, torna-se imprescindível que as companhias sejam capazes de monitorar, detectar e isolar qualquer tentativa de intrusão antes que esta comprometa a rede, ou mesmo após ter conseguido infiltrar-se.
Resumidamente, há uma redução na quantidade de ataques, mas um aumento na criação de ataques com objetivos específicos, tornando-os mais sofisticados e com maiores chances de sucesso caso não haja defesas de cibersegurança integradas, automatizadas e atualizadas.
A América Latina e o Caribe foram regiões que sofreram 200 bilhões de tentativas de ataques em 2023, o que representa 14,5% do total mundial registrado no ano.
Dentre os países latino-americanos, destacam-se México, Brasil e Colômbia em atividade de ataques cibernéticos no período.
Esses dados sublinham a necessidade de manter-se vigilante e fortalecer as defesas contra atentados cibernéticos direcionados.
A pesquisa também mostra que a exploração do Double Pulsar permanece no topo da lista como a vulnerabilidade mais predominante quase universalmente nos países da América Latina, correspondendo a 75% de todas as atividades maliciosas detectadas no último trimestre de 2023.
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